quarta-feira, 20 de maio de 2009
Egito, a pátria do saber esotérico
O caráter profundamente esotéricoe iniciático da religião egípcia foi percebido muito cedo. Os gregos ficaram sensibilizados por ele e afirmavam que pitágoras, bem como Orfeu, eram iniciados nos mistériso do Egito. Pelo fato de se terem perpetuado por milhares de anos, esses mistérios contribuíram evidentemente para que se tornassem célebres e atraíssem peregrinos do mundo mediterrâneo, como Hérodoto. Na época romana, os mistérios de Ísis e de Osíris têm igaulmente grande prestígio entre o povo que neles encontra o reconforto de uma mensagem de esperança post-mordem (após a morte). No século II, em seu livro O asno de ouro, Apuleio relata, por meio de seu herói Lúcio, a efervescência e o entusiasmo que acompanham as iniciações ao culto de Ísis. Outra herança que fará do Egito a pátria do saber esóterico, o Corpus hermeticum, um conjunto de textos, do qual faz parte a famosa "Tábua de esmeralda"; esses textos são atribuídos a Hermes Trismegisto, síntese do deus egípcio Thot e do grego Hermes. O hermetismo nasceu em Alexandria durante a época helenística e impregnou a história ocidental de forma duradoura, em particular quando de sua redescoberta no período da Renascença. Finalmente, a Europa foi tomada de uma verdadeira egitomania desde o século XVIII e, mais ainda, no século XIX, depois das expedições - especialmente francesas - ao país das pirâmides. O Egito passou então a ser considerado como representante da civilização mas antiga da história; em decorrência, só pode ter sido o cadinho de todos os conhecimentos tradicionais. A maçonaria se tornará o reflexo dessa moda: alguns de seus membros não hesitarão em afirmar que os construtores do templo de Salomão tinham haurido parte de sua arte pelo contato com construtores das pirâmides.
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